Lista #1: Note que todos os transistores operam na saturação. O projeto inicial pode ser feito ignorando Lambda e a variação de VT nos transistores do par diferencial, que tem o source suspenso e o substrato em -vss. Ajustes podem ser feitos depois, a partir das simulações, se necessário. Para achar o tamanho final dos transistores, depois de achar as razões W/L necessárias, escolha um valor adequado para L e ache W. L é limitado pelas dimensões da tecnologia, mas em circuitos analógicos não deve ficar no mínimo. W é limitado pela corrente máxima por unidade de largura nos transistores, mas é improvável que com as máximas tensões usadas seja possível exceder os limites. Nada deve ser crítico com os parâmetros da lista. A velocidade do circuito varia com o escalamento das dimensões. Há outros pontos livres, como a tensão no gate da fonte de corrente, a tensão nos sources do par diferencial (devem ser iguais para operação correta do espelho), e a tensão nos drenos, que deve ficar proxima do centro entre vdd e a tensão que tira o par diferencial da saturação. Notar que no LTSPICE, a equação na região de saturação vale: id=(kp/2)(W/L)(vgs-vt)^2(1+lambda vds) Assim, para ter K=30e-6 na expressão sem a divisão por 2, deve-se colocar kp=60e-6. Vt é negativo para transistores PMOS. No Microwind, os transistores parecem ter o parâmetro Lambda = 0.01, e a constante dielétrica relativa do gate de 3.9. Lista #2 Apenas a versão com cascode regulado dá algum trabalho. Para achar como dimensionar os transistores, ache primeiro as condições para manter saturados os dois transistores da entrada (vds>vgs-Vt). A condição para a saturação do transistor do cascode na entrada requer que os cascodes tenham W/L maior que os transistores do espelho. O quanto maior pode ser escolhido arbitrariamente (W3/L3 = x*W1/L1). Juntando a condição sobre o transistor de entrada do espelho, surgem dois limites para I5*W5/L5, onde M5 é o transistor do amplificador de erro. O projeto que requer menos tensão é o em que estes limites são iguais. Resulta uma equação para W/L do transistor de entrada do espelho. Os cascodes saem então pela razão já escolhida deles para os do espelho. Daí se pode arbitrar W5/L5 e calcular I5 usando as equações dos limites. Verifique então que todos os transistores estão saturados dentro dos limites de corrente especificados, e que o espelho opera corretamente. Ele deve operar muito bem mesmo com alguns transistores na região ôhmica. Calculando ou simulando a condutância de saída, considerando Lambda, se observa que o uso do espelho na entrada destrói a propriedade do cascode dobrado de gerar baixa condutância de saída. Duplicando o amplificador de erro, com um na saída e outro na entrada, a propriedade é restaurada. O cascode simples pode ser construído com transistores iguais, se conveniente. Os transistores ficam com W/L maiores que no cascode regulado, pois a tensão nos gates dos cascodes é mais baixa que no cascode regulado. Lista #3 O projeto começa pela fonte de corrente M6, que deve permanecer em saturação com a mínima tensão de saída. Algo entre -2 V e -1.5 V. Quanto menor mais largo fica o transistor. A tensão de polarização dos espelhos aparece aí também. A seguir, M7 é dimensionado, para operar saturado com o dobro da corrente máxima de saída e com a tensão máxima de saída. Vai ficar muito mais largo que M7 (6x). A corrente em M5 foi especificada como 10 uA. Pode-se então dimensionar M5, versão escalada de M7. M3 e M4 são versões escaladas de M7, quando passa a corrente normal em M7 e a metade da corrente em M5 por cada um deles. M1 e M2 podem então ser dimensionados por vários critérios. O ganho de tensão calculado sem colocar os termos (1+Lambda vds) nas expressões dos gm e gds vai ficar subestimado. Colocando, fica como o LTSPICE calcula. Para simular, pode ser especificado o parâmetro Tox=25e-9 nas linhas de .model dos transistores, e também o parâmetro que controla a capacitância de superposição cgd. Não vai resultar o mesmo que colocar os capacitores calculados explicitamente do circuito, mas fica perto. O LTSPICE não detalha como modela as capacitâncias, mas não parece ser o cálculo aproximado do projeto. Para verificação, pode-se não colocar nada, deixando os transistores "instantâneos", e colocar os capacitores de M7 separadamente. O slew rate pode ser observado colocando um sinal alternado grande na entrada, suficiente para desviar toda a corrente em M5 por M1 ou M2. A resposta em frequência pode ser calculada pelo programa também. Note que tudo varia dependendo do que seja colocado de carga para o amplificador. Um resistor de 20 k drenaria a corrente máxima com 2 V de excursão de sinal. Pode-se colocar também um capacitor em paralelo, de 10 pF por exemplo. Se os transistores forem feitos longos, pode acontecer que o efeito Miller no segundo estágio não seja importante, e aí os cálculos da compensação vão ser diferentes do feito em sala. Mas de qualquer forma a estrutura será a mesma. É improvável que seja necessário colocar o resistor em série com o capacitor de compensação. Lista #4 Primeiramente verifique se o amplificador da lista #3 é suficiente em termos de ganho, GB e "slew rate", sem carga. Pode ser necessário aumentar o ganho CC, o que pode ser feito aumentando W/L no par diferencial de entrada. Simule então o filtro RC-ativo contínuo, colocando dois amplificadores completos e um inversor ideal (use a fonte "E"). Ou então coloque um resistor negativo na entrada do segundo integrador. Vai precisar de dois capacitores iguais e resistores de 2 valores para satisfazer a especificação. Note que o amplificador pode fornecer até 100 uA na saída, o que basta para alimentar capacitores bem grandes com a excursão máxima de sinal. O nível de impedância dos componentes RC pode ser escolhido dentro de uma faixa bem grande. Escolha então como fazer as chaves, usando transistores pequenos, mas não pequenos demais devido ao modelo usado (10x10 um?). O tempo de estabilização vai determinar o tamanho máximo dos capacitores que podem ser usados. A máxima corrente de saída dos amp. ops. também. Para uma realização totalmente integrada, os maiores capacitores não devem exceder poucos pF. Determine então qual o nível de impedância a usar, e troque os resistores por suas versões a capacitor chaveado, comparando a resposta obtida com a do filtro contínuo. Uma boa forma de excitação para testar o filtro é uma senóide na frequência central do filtro, com 200 mV de pico. Deve sair na saída uma senóide com 1 V de pico, estabilizando em uns 5 ciclos (Q=5). Pode ser útil trocar primeiro um dos resistores (talvez o que inverte), e depois os demais. A resposta pode ficar bastante diferente do ideal com uma mistura de resistores e capacitores chaveados. Mas com todos chaveados fica próxima do ideal. Para gerar o transiente correspondente ao da versão contínua, é conveniente adicionar um par de chaves para curto-circuitar os capacitores que realimentam os integradores durante um curto tempo, antes de aplicar o sinal de entrada. Do contrário o cálculo inicial do ponto de operação vai saturar os amplificadores. Se o LTSPICE "travar" com o circuito, salve o circuito e reinicie o programa. Parece haver algum bug que causa isto, às vezes. Lista #5 Primeiramente verifique se o amp. op. é rápido o suficiente. Deve ter um ganho de ao menos 100 em malha aberta em 1 MHZ. O ganho pode ser aumentado aumentando a largura do par diferencial de entrada. A velocidade pode ser aumentada reduzindo o tamanho dos transistores, mas mantendo W/L. O modelo usado não é correto para transistores com dimensões muito pequenos, mas para o caso pode-se aceitar que seja. Transistores com dimensões mínimas de poucos um devem ser suficientes. Veja então o nível de impedância a usar no filtro. Capacitores não devem ser maiores que poucos pF, e os amplificadores podem fornecer apenas 100 uA, o que requer resistores bem maiores que 20 kOhms. Simule o filtro com resistores. Os inversores usados para construir os amplificadores balanceados são críticos. Verifique como fica a resposta em frequência de um deles. Compense os amplificadores (todos) de forma a obter uma banda passante extensa (até 100 MHz ao menos) e plana nos inversores. Troque então os resistores por mosfets com a mesma resistência se controlados com 2.5 V (vgs-VT=1.5 V). Os inversores feitos com resistores MOS simples ficam muito ruins. Tente fazer os resistores dos inversores com pares NMOS-PMOS em paralelo, cada um com o dobro da resistência requerida, e com os gates ligados às duas tensões de alimentação. Assim a linearidade dos inversores fica quase perfeita. (Interessante notar que é possível fazer um filtro MOSFET-C linear não balanceado com resistores assim.) Verifique a resposta em frequência e a excursão de sinal. Reduza a tensão de controle até ter vgs-VT=150 mV e repita as análises. Deve resultar um filtro em 100 kHz, que aceita um menor nível de sinal. Atualizado em 31/3/2011